Em 25 de julho de 1992 aconteceu o 1º encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas em Santo Domingo, República Dominicana.
Esse encontro teve como proposta a união das mulheres e também denúncias contra o machismo e o racismo que existe mundo afora. Tendo sido reconhecido pela ONU esse dia 25/07 como o Dia Internacional da Mulher Negra da América Latina e Caribenha, ficando como marco de comemoração anual.
Passados 21 anos ainda sofremos com as mazelas as quais impulsionaram o encontro de 1992. Continuamos em 2023 com o machismo e o racismo fazendo parte do comportamento social estimulado por governos conservadores baseados na pauta de costumes, vividos no Brasil nos últimos anos.
Em pleno século 21 as mulheres ainda recebem 22% a menos que os homens e as mulheres negras recebem menos da metade do salário dos homens brancos. É fundamental entendermos que para que possamos alterar essa realidade e avançar, a luta tem que ser mais ampla e o resultado está diretamente ligada à posição política dos governantes para que avance ou retroceda. Se continuarmos elegendo um presidente progressista e deixarmos um congresso conservador como aconteceu em 2022, será difícil avançar e aprovar leis em favor da mulher e das minorias, a exemplo das que o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva sancionou: Lei nº 12.288/2010, que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial combater a discriminação racial e efetivar a igualdade de oportunidades à população negra com políticas nas áreas da educação, cultura, lazer, saúde e trabalho. A lei também assegura às comunidades quilombolas e aos povos de matriz africana o direito de preservar suas manifestações culturais e religiosas; Lei Nº 12.711/2012, que conhecemos como leis de cotas e recentemente teve que fazer malabarismos políticos e driblar o congresso reacionário e conservador pra conseguir sancionar o Projeto de Lei Nº 1.085, dia 03/07/23, que tem como objetivo a igualdade salarial entre homens e mulheres. Portanto, precisamos reforçar essa luta garantindo a eleição de parlamentares progressistas na presidência da república, câmara e senado, para que a luta social possa garantir as políticas afirmativas que tanto o Brasil precisa.
Sigamos na luta por uma sociedade mais justa sem discriminação onde as mulheres de diferentes origens alcancem espaços de influência nas áreas educacional, política, econômica, socioprofissional e cultural.